Quais foram os erros que fizeram a pandemia de 1918 durar dois anos?
Fonte: https://www.portalraizes.com/quais-foram-os-erros-que-fizeram-a-pandemia-de-1918-durar-dois-anos/?fbclid=IwAR1hRbM6GrBJ-03COQUKvfhJRoh2-v0mMjQ_hdWrmnZdi7dpFV6qVu3bFsg
Parecia um filme de terror, descrevia Nelson Rodrigues em suas crônicas.
“Cadáveres jazem na porta das casas, atraindo urubus. O ar é fétido. Os
raros transeuntes andam a passos ligeiros, como se fugissem da
misteriosa doença. Carroças surgem de tempos em tempos para, sem cuidado
ou deferência, recolher os corpos, que seguem em pilhas para o
cemitério”.
O filme de terror ocorreu em 1918, quando a gripe espanhola, também
conhecida como gripe de 1918, surgiu como uma vasta e mortal pandemia do
vírus influenza. De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou 500
milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época.
Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões e 50 milhões, e
possivelmente até 100 milhões, tornando-a uma das epidemias mais
mortais da história da humanidade.
Naquela época, as autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas da Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada da doença ao Brasil, o que não aconteceu. A doença chegou ao país a bordo do navio inglês “SS Demerara” (uma espécie de Correios britânicos), no dia 17 de setembro de 1918. Esse navio chegou com a tripulação contaminada e passou livremente pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, repleto de doentes.
Notícias falsas: Na época, não faltavam notícias
dizendo que a doença havia sido uma criação dos alemães. Muita gente
acreditava que a moléstia era engarrafada na Alemanha e depois
distribuída por seus submarinos, que se encarregavam de espalhar as
ditas garrafas perto das costas dos países inimigos. Apanhadas nas
praias por gente inocente, espalhava-se assim aquela terrível
enfermidade. Espalharam a notícia de que um dos remédios utilizados na
tentativa de evitar a doença ou curar os doentes foi o quinino
(medicamento utilizado originalmente para o combate da malária). Houve
uma corrida às farmácias em busca desta substância, seu preço aumentou
assustadoramente e o produto acabou se esgotando.
Não houve investimento em pesquisas para encontrar uma vacina:
A comunidade médica daquele período não conseguiu explicar como uma
moléstia branda e tão familiar pudesse estar matando tanto.
Desconhecia-se seu agente causador e a forma de contágio (as certezas a
respeito de como a gripe é transmitida só vieram à tona na década de
1930). Assim, os médicos puderam fazer pouco para salvar a vida dos
doentes. Tudo era feito na base da experimentação.
Negação da gravidade da doença:
a gripe de 1918 foi considerada uma doença comum e corriqueira, que
atacava especialmente idosos (chamada na época popularmente de
“limpa-velhos”), a pandemia de 1918 acabou alterando a idade da
população afetada. Morreram principalmente homens adultos, entre 20 e 40
anos (pessoas em idade de participarem do mundo do trabalho), o que
causou surpresa entre a classe médica. As vítimas provavelmente
precisavam sair de casa para trabalhar, e acabavam assim sendo
infectadas.
Ataque e censura á imprensa: Na época em que a
doença se espalhou, o mundo passava pela Primeira Guerra Mundial, e as
grandes potências ocidentais estavam envolvidas no conflito havia anos.
Por essa razão, os países que estavam em conflito, impuseram forte
censura á imprensa. Porque se a imprensa divulgasse as notícias da
pandemia, as tropas poderiam abandonar a guerra. Como a Espanha não
estava envolvida com a guerra, não censurou a imprensa e, assim, as
notícias sobre o avanço da doença na Espanha, se espalharam. Por isso
ficou parecendo que a doença inciou e propagou na Espanha.
Perda de tempo procurando culpados em detrimento de união para salvar vidas:
A doença recebeu inúmeros nomes diferentes. Os países afetados
atribuíam uns aos outros a culpabilidade pela doença. Na Rússia, a
doença recebeu o nome de Febre Siberiana; na Sibéria, Febre Chinesa; na
França, Catarro Espanhol ou Peste da Senhora Espanhola; na Espanha, foi
batizada com o nome de Febre Russa… e assim, sucessivamente.
Qualquer semelhança da gripe de 1918 com a Covid-19 não é mera coincidência:
Estados Unidos (US$ 105,99 trilhões)
China (US$ 63,83 trilhões)
Japão (US$ 24,99 trilhões)
Alemanha (US$ 14,66 trilhões)
Reino Unido (US$ 14,34 trilhões)
França (US$ 13,73 trilhões)
Índia (US$ 12,61 trilhões)
Itália (US$ 11,36 trilhões)
Canadá (US$ 8,57 trilhões)
Espanha (US$ 7,77 trilhões)
O Brasil, com US$ 3,54 trilhões, lidera com folga na América Latina. A riqueza do país é maior do que a do México, por exemplo, de US$ 2,7.
As informações históricas contidas neste texto foram fornecidos pela mestre em História(PUCRS) Gabrielle Werenicz Alves. Os dados foram extraídos de: Os países que lideram o ranking global de riqueza do Credit Suisse
350 mil pessoas infectadas no Brasil
A doença chegou ao Brasil por volta de setembro de 1918 e espalhou-se por grandes centros, sobretudo por Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo, por exemplo, pode ter contado com até 350 mil pessoas infectadas.Naquela época, as autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas da Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada da doença ao Brasil, o que não aconteceu. A doença chegou ao país a bordo do navio inglês “SS Demerara” (uma espécie de Correios britânicos), no dia 17 de setembro de 1918. Esse navio chegou com a tripulação contaminada e passou livremente pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, repleto de doentes.
Quais foram os erros que fizeram a pandemia de gripe de 1918 durar dois anos?
Estados Unidos (US$ 105,99 trilhões)
China (US$ 63,83 trilhões)
Japão (US$ 24,99 trilhões)
Alemanha (US$ 14,66 trilhões)
Reino Unido (US$ 14,34 trilhões)
França (US$ 13,73 trilhões)
Índia (US$ 12,61 trilhões)
Itália (US$ 11,36 trilhões)
Canadá (US$ 8,57 trilhões)
Espanha (US$ 7,77 trilhões)
O Brasil, com US$ 3,54 trilhões, lidera com folga na América Latina. A riqueza do país é maior do que a do México, por exemplo, de US$ 2,7.
As informações históricas contidas neste texto foram fornecidos pela mestre em História(PUCRS) Gabrielle Werenicz Alves. Os dados foram extraídos de: Os países que lideram o ranking global de riqueza do Credit Suisse
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